O acesso a serviços públicos como estratégia de Crescimento Econômico
A gestão de Catas Altas conseguiu resultados importantes no fomento ao empreendedorismo ao criar um espaço físico onde pequenos e microempresários são orientados e atendidos em diversos serviços públicos.
Qual prática para crescimento econômico tem tido mais resultado?
Temos a Sala Mineira, inaugurada em julho do ano passado, onde os empreendedores e cidadãos podem ser atendidos para resolver diversas questões com o poder público. A gente tem 573 pessoas cadastradas no serviço, o que representa mais de 10% da população. Na Sala Mineira, atendemos todos os microempreendedores. Eles não têm despesa nenhuma e conseguem acessar os serviços do Sebrae, do INCRA, da Junta Comercial, da Receita Federal.
Como isso ajuda no crescimento econômico do município?
No espaço, conseguimos auxiliar e facilitar a abertura e o fechamento de empresas, a alteração de dados cadastrais dos empreendedores, serviços para quem é MEI, como a emissão de boletos e notas fiscais. Além disso, temos um sistema de cadastro de vagas e currículos. As empresas fazem o contato e a prefeitura constrói a ponta com os trabalhadores que estão em busca de novas oportunidades de emprego. Isso tem um impacto muito grande em uma cidade pequena como a nossa e traz resultados relevantes para a nossa gestão?
Como tem sido a atuação entre os diferentes órgãos da gestão para pensar estratégias de desenvolvimento econômico de maneira coordenada?
A atuação é intensa, porque temos projetos muito importantes nas outras secretarias, então é preciso manter um diálogo permanente com todos. Porém, não podemos deixar de destacar como bons serviços de saúde e educação são importantes para garantir a base para o crescimento econômico. Por essa dimensão, são áreas que estão sempre em contato com outras secretarias. O SUS funciona muito bem no município. Na Educação, também há uma grande evolução. No ano passado, todos os alunos receberam um tablet para estudar em casa, o que é uma conquista.
Como é a relação do município com a mineração?
Temos uma boa relação. Nossa região é mineradora, há uma vocação. É uma questão relevante, pois é a principal fonte de renda da cidade. No entanto, nós sabemos que é uma atividade finita. Por isso, estamos desenvolvendo outras formas de desenvolvimento. A ideia é pensar na lógica das cidades inteligentes, com estímulo a outras áreas, como o turismo e a agricultura.